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Compensa desistir do parcelamento tributário para aderir a uma transação?

Sua empresa possui dívidas tributárias e parcelamentos ativos, mas está cada vez mais difícil manter os pagamentos. Nesse momento crítico, você descobre que existe a transação tributária, com promessa de descontos, prazos maiores e até unificação de parcelas.

Parece a saída perfeita, não é?
E de fato, os benefícios chamam atenção. A transação pode reduzir multas e juros em percentuais expressivos, alongar o prazo de pagamento em até 120 meses em alguns editais, permitir o uso de precatórios ou créditos tributários para abater parte da dívida e, em certas modalidades, até autorizar entrada reduzida para facilitar a adesão.

Outro atrativo é a possibilidade de reunir diferentes débitos em um só acordo, trazendo previsibilidade de fluxo de caixa e alívio financeiro imediato.

Na prática, ela funciona como uma renegociação em condições diferenciadas, algo que o parcelamento tradicional não oferece. A lógica é dar fôlego para empresas ou pessoas físicas que precisam regularizar dívidas, mas sem inviabilizar suas atividades.

O problema é que para aderir à transação você precisa desistir dos parcelamentos que já estão ativos. E se a sua proposta não for aceita ou se a primeira parcela não for paga no prazo, o parcelamento é automaticamente cancelado. Ou seja, você pode acabar sem o parcelamento e sem a transação.

Existe ainda um risco adicional: se a sua empresa não conseguir arcar com os pagamentos da transação, ela pode ficar até dois anos impedida de aderir a uma nova. Isso significa que qualquer erro de cálculo ou atraso pode custar muito caro.

É verdade que a transação pode ser vantajosa em alguns casos, mas não é automática, nem garantida. Depende do perfil da sua dívida e da análise da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Por isso, antes de abrir mão do parcelamento, o passo mais inteligente é simular os cenários, comparar os valores e entender todos os riscos.

Por isso, simulação é estratégica, já a Adesão exige cautela. Porque na prática, trocar sem planejamento pode transformar a solução que parecia perfeita no seu maior problema.

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